Oswaldo da Cruz

Em 1972, com 20 anos, convidado por um amigo, fui à Igreja de Santo Antônio do Valongo, para conhecer o grupo de jovens que ali existia: a Juventude Franciscana ou JUFRA.

Lá entre os frades, um mais idoso, mas muito atuante me chamou a atenção. Era o Frei Cosme. O que ele tinha de ativo também tinha de reservado.

Era habitual os jovens o cercarem para conversar com ele. Com muita humildade e transparência, contava suas histórias e falava de sua fé.

Aprendi a admirá-lo quase de imediato.

Um dia ao ir de ônibus, para a Igreja de Nossa Senhora de Fátima (ele não dirigia), para celebrar a Santa Missa, sofreu uma queda dentro do coletivo.

Preocupado, Frei Armindo, o pároco da época, me chamou e perguntou se eu poderia acompanhar Frei Cosme nas suas idas dominicais à igreja de Fátima. Eu me comprometi e passei a buscá-lo, todos os domingos no Valongo. Tomávamos o ônibus e íamos para Nossa Senhora de Fátima.

Na volta, quase que religiosamente, descíamos do ônibus e passávamos na casa do Sr. Antônio e Dona Dilma, onde tomávamos café com bolo, que ela fazia com muito carinho.

A admiração inicial que senti evoluiu com o tempo, para um carinho imenso, veneração mesmo. Era um grande sacerdote, um digno filho de São Francisco.

Isso, porém não acontecia só comigo. Tal era a veneração das pessoas por ele que, quando morreu, foram-lhe atribuídos muitos milagres e sua campa, no Paquetá, sempre estava coberta de velas e flores.

Oswaldo da Cruz

Oswaldo da Cruz

Amigo n.º 6 de Frei Cosme

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